quinta-feira, dezembro 21, 2006

Talvez...

Sinto-me apodrecer… Grito e grito e torno a gritar, solto todo um misto de raiva e descontentamento que me possui e consome violentamente por todas as minhas pequenas células que ardem de dor. Olho-me ao espelho, vejo algo sobrenatural algo que me irrita e liberta a ira que se espalha pelas minhas finas veias onde um grosso e gorduroso sangue escorre.
Apetece-me voar, sair livre pelas praias nu de preconceito e vestido de alegria e felicidade, vejo-me a escrever palavras dóceis na areia apagada pela água límpida do mar que ondula lentamente pelo areal… Penso em ti… nos teus olhos, nas tuas carícias, nas tuas meigas mãos ternas que lustram a minha face pálida, nos teus lábios finos… que por bem ou por mal nunca cheguei a molhar com os meus… Afinal sinto-me mal… Descubro isso no maior dos terrores da harmonia humana… e afinal… sou apenas eu… algo insignificante que espalha as suas palavras sujas pelo papel branco. De qualquer maneira, contento-me…

1 comentários:

Anónimo disse...

Oh, para onde foi o template? Estava giro.
Gosto muito deste texto; de facto está tão bom que penso que te vou ter de espancar. É que isto não pode ser! Agora toda a gente está armada em escritores, elaborando grandes textos com palavras ainda mais elaboradas que a elaboração elaborada de um texto só por si já elaboradamente elaborado?

Então e eu?!

Que giro.
Acho que nunca tinha escrito nada tão confuso que actually fizesse sentido.