I've Got to Move on and be Who I am

Estava um dia cinzento, a chuva caía lá fora e a relva amolecia encharcada pelas gotas grossas que rolavam da minha face. Os meus cabelos encharcados pingavam as gotas que rolavam quentes pelo meu corpo flácido e desmedido. Lembro-me de ter arrancado aquela flor, de lhe ter pegado e depositado num vaso que pairava no parapeito da minha janela. Aquela flor cuja terra inundada de veneno pelas outras plantas que se lhe circundavam, agora vivia feliz, no parapeito da minha janela. Talvez seja apenas uma questão de tempo, tempo para pensar, "é tão difícil de dizer, mas tenho que fazer o que é melhor para mim, (…), tenho que sair daqui, ser o que sou, simplesmente não pertenço aqui, espero que compreendam, (…), tenho que seguir o meu caminho.", hei-de conseguir. Eu vou conseguir. E hei-de voltar, com um sorriso na cara, como a flor no parapeito da minha janela.